segunda-feira, 29 de junho de 2009

Visão vs. Propósito

por Ciro Daniel

No livro "A quinta disciplina", do autor Peter Senge, ele explica que há diferença entre a "visão" e "propósito", conforme segue:

"Mas visão é diferente de propósito. Propósito é semelhante a um direcionamento geral. Visão é um destino específico, uma imagem de futuro desejado. O propósito é abstrato. A visão é concreta."

Ele ainda exemplifica, dizendo que "o propósito é 'aumentar a capacidade humana de explorar os céus'. Visão é 'a chegada do homem à lua até o final da década de 60'."

Mais a frente, cita um ditado japonês: "Não há nada, nenhuma distância, nem mesmo um fio de cabelo, que possa se interpor entre a visão de um homem e a sua ação."

Ele aborda ainda o conceito de Visão Compartilhada, citando um trecho do filme Spartacus, que reproduzirei o texto que encontrei na internet, embora um pouco diferente da forma contada no livro, a essência é a mesma.

"Para melhor compreensão do que venha a ser o pensamento sistêmico, baseado numa visão compartilhada, o filme Spartacus, uma adaptação da história de um gladiador/escravo romano, líder de um exército de escravos é metáfora apropriada. Ao final do filme, sobrevivem às batalhas cerca de mil escravos liderados por Spartacus, todavia derrotados e acuados, recebem a intimação do general romano: “Vocês eram escravos e voltarão a ser, mas serão poupados da crucificação se denunciarem o escravo Spartacus, pois não sabemos quem é”. Após um longo silêncio Kirk Douglas, no papel do escravo “desejado” por Roma, se apresenta e diz: “Eu sou Spartacus”, em seguida o homem ao seu lado se levanta e diz: “Eu sou Spartacus”, logo em seguida outro levanta e diz: “Não, eu sou Spartacus”, e em alguns minutos os mil sobreviventes estão de pé e se afirmando Spartacus."

Com base nesta história, o autor diz que "a lealdade do exército de Spartacus não era dirigida à figura de Spartacus, e sim a uma visão compartilhada inspirada por ele - o desejo de se tornarem homens livres."

Você sabe o que é motivação?

por Karen Jardzwski

Já ouvi tanta coisa errada sobre motivação que fico muito aliviada e feliz quando vejo alguém tratar desse tema de forma correta. É o caso de um artigo de Carlos Hilsdorf, publicado no livro Gigantes da motivação, que foi lançado pelo selo Landscape/VendaMais. Compartilho, a seguir, um trecho dessa obra, acompanhe!

A verdadeira motivação nasce quando você encontra seu papel diante da vida. Jamais a confunda com injeção de ânimo, já que isso equivale a dar uma força, um “empurrãozinho” e dizer a você que algo é possível. É o que faz geralmente a autoajuda. Entenda injeção de ânimo como qualquer situação provocada pela vida, seja a palavra de um amigo, uma experiência ou um livro que possa ser resumido na frase: “Vá em frente, você é capaz e seus sonhos podem ser realizados!” – isso é tudo que a injeção de ânimo fará por você. Ela é breve como um piscar de olhos e não tem poder, é passageira e está longe de ser a verdadeira motivação.

De modo algum confunda motivação com entusiasmo, pois também são sentimentos diferentes. Entusiasmo é uma palavra de origem grega que significa Deus dentro de si e, em português, as pessoas a usam como sinônimo de empolgação e euforia, o que é um erro gravíssimo. Empolgação e euforia são fenômenos passageiros e muito pequenos quando comparados ao entusiasmo. Nada de grande na vida é realizado com base na euforia, porém grandes erros são cometidos devido a ela.

O entusiasmo significa o estado especial de espírito em que você manifesta a presença divina em si próprio. Ele é a luz do Criador refletida no espelho de sua alma e que ilumina tudo ao seu redor. É o principal pré-requisito para a verdadeira motivação, é a manifestação íntima de nossa capacidade de nos maravilharmos diante da vida. No entanto, não adianta estarmos apenas encantados com a vida, precisamos agir para colaborar efetivamente com a melhoria contínua do mundo em que vivemos. Aí está a verdadeira motivação.

Assim, entenda motivação como o conjunto de razões que o levam a agir, as causas pelas quais você se mobiliza. Observe que o sentido de sua vida passa por dois caminhos: sua evolução espiritual (independentemente da opção religiosa) e a contribuição efetiva que dará à sua vida, o legado que deixará com sua passagem pelo mundo. Busque exteriorizar suas qualidades, ser uma pessoa de valor é mais importante que ser um indivíduo de sucesso, pois o verdadeiro sucesso é a consequência de uma vida de valor.