segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cargo de liderança vazio, e agora?

É natural que, após perder um funcionário, empresas façam um processo seletivo, analisando conhecimentos e experiências dos candidatos. Quando se trata, porém, de um cargo de liderança a situação torna-se um pouco mais delicada.

Para o gerente no Brasil da Development Dimensions International, Neil Suchaman, o processo de substituição do líder deve ser iniciado a partir da identificação dos desafios dos negócios nos próximos anos. A dica dele é não se ater ao passado, verificando apenas os resultados apresentados e olhando para o futuro da empresa.

Suchaman afirma que “para identificar o futuro líder é necessário analisar competência, personalidade, conhecimento e experiência profissional”. Segundo o gerente, é indicado que o substituto não seja somente um líder em potencial, mas também esteja motivado a exercer a nova função.

Minervino Neto, diretor geral da Dale Carnegie Trainning de Brasília, explica que há duas alternativas para a seleção de um novo líder. A primeira e mais complicada é buscar alguém de fora da empresa que, segundo ele, “pode acrescentar uma nova visão à equipe”. Essa opção depende da situação financeira e do tempo disponível da companhia.

A segunda opção é fazer uma seleção interna, buscando candidatos tanto da mesma equipe, quanto de outros setores. “As empresas cometem o erro de colocar alguém que tem muito conhecimento e pouca habilidade de lidar com as pessoas. Isso é ruim porque essa pessoa que tem muito conhecimento técnico pode agregar mais valor em outro cargo”, comenta.

Para Minervino, um bom líder deve ter a capacidade de desenvolver as pessoas, além de saber como lançar desafios aos funcionários da empresa. “O ideal é que as habilidades da pessoa sejam investigadas por meio de situações concretas”, acrescenta.